O Meu iPOD Alimentado Pela Energia do 3º Carril
Ou eu cheguei tarde ou partiste demasiadamente cedo. Snowden nos ouvidos, a correr uma qualquer playlist criada. No cais onde estava sobraram algumas identidades com ou sem documento e que traziam muita ou pouca cidadania. Do lado do teu cais, apareceu o comboio que trazia "Rato" como destino. Aí nada sobrou. Levaram os corpos, levaram o frenesim, levaram o tumulto. Ficou um sorriso, embora não valesse a pena esperar muito por algo que pudesse vir de tão perto, mesmo com a certeza de não saber para onde ir com as portas da carruagem fechadas.
Como ninguém escuta a minha voz, nem eu próprio, o meu iPOD continua a debitar músicas para não ouvir a razão do murmúrio presente nos olhos do comboio com destino "Campo Grande".
O Metropolitano de Lisboa ajuda-me a pensar naquilo que a minha voz abafa.
4 comentários:
a nossa voz às vezes perde-se no labirinto dos dias...
Carla :) Ou a minha voz também se perde na escrita de 2 mundos que agora naum se miram, como se a intersecção deles resultasse num conjunto vazio, como se de um labirinto sem saída se tratasse.
Acho que tenho que ver televisão mais vezes.
Bjzz à saída
normalmente há um ponto de contacto entre esses dois mundos, nós é que andamos tão distraídos que nem sempre o conseguimos encontrar...
deixa a televisão apagada senão ainda te afastas mais
jinhos com bússola
Carla :) Normalmente a minha TV está apagada, naum vá uma trovoada produzir um raio que grita e caia precisamente sobre o aparelho, hehe.
Ultimamente ando a fuzilar relâmpagos. :S
Bjzz com compasso
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