2007/11/30

Os Últimos Dias dos Meses Marcam Como o Caraças

Onde anda esta minha amiga?

Marcado pelas minhas próprias ventosas de polvo, espero pelo inverno para ver se a minha dita amiga trará no seu bico uma poção para eu me (re)transformar em Menino do Mar.

2007/11/28

Dope Nose Delirium, by Kraak


Está aberto o convite para já no próximo dia 29 Nov '07, a partir das 22hs no Bar Agito, mais uma animada (cof! cof!) noite musical, baptizada "Dope Nose Delirium". Lá, no sítio de costume, onde muita malta se encontra, onde muita gente fala diversas línguas e onde o mar (o céu e a terra) e o dj de serviço estarão prontos para saciar a vossa fome musical.

(O delírio já começou pelo post)

Mais informações, via Kraak FM <'+++<. :)

2007/11/24

... With a Book in My Hand

(+ Headphones in My Ears and with My Heart in My Head)


What gives this mess some grace unless it's fictions
Unless it's licks, man
Unless it's lies or it's love

Can you hold the hand of a rock 'n roll man?

2007/11/20

Ausência em Modo Côncavo


Confuso e ainda entre estações,
deixo que a sombra acenda a luz do quarto,
olhos abertos, quieto numa madrugada
nada parada
onde o mar que se ouvia
para a janela me guiaria
lá, onde se via que a água que escorria
desenhava inconscientemente
a silhueta de quem a luz do quarto
deixara trémula e indecifrável.

Chovia.
Muito. Finalmente as Nuvens comigo choraram.
Na incerteza do possível,
tal como os dragões seguem os barcos.

2007/11/11

Stuck Between Stations



É um dos fabulosos temas do último álbum dos norte-americanos The Hold Steady, 'Girls and Boys in America'.

Como eu não quero nem posso andar a vaguear por palavras que não salvam a minha vida,
Como eu não quero nem posso pensar que grandes cabeças se passeiam com corpos delicados,
Como eu não quero nem posso pensar em voar e aterrar de emergência sob uma qualquer ponte deste mundo,

Deixo por aqui uma das músicas do ano de 2007, na minha opinião: "John Allyn Smith Sails" dos Okkervil River.

Amigos,
vou fazer uma pausa neste blog até deixar de estar confuso e admirado por ter saído deste comboio, ainda em andamento. Entretanto, para quem quiser, continuo diariamente a navegar pelos carris do Kraak FM <'+++<.

2007/11/10

A Luz Propaga-se em Linha Recta


Como qualquer ser humano, sou algo limitado, não consigo ter um campo de visão tão alargado quanto gostaria de ter. A minha capacidade de ver pelo canto do olho às vezes parece entrar em conflito com a minha visão periférica, o que se calhar é normal e eu nunca me tinha realmente apercebido disto.

Facto que não é inédito na minha vida, consigo agora arranjar uma explicação racional para finalmente perceber que muitos dos nossos amigos ora nos apoiam, ora se afastam.

O que se calhar também é normal, afinal somos todos humanos e algo limitados.

2007/11/09

Maybe

Por falar em Derek, eu não sou o Dr. George O'Malley.

É Como Se Atingissem os Dedos dos Pés


Qualquer dia faço uma compilação das últimas músicas que aparecem nos álbuns/EPs de algumas bandas... É que em 2007, isto tem sido demais. As últimas músicas têm-se revelado totalmente bombásticas... Estou a lembrar-me, assim de repente, de "Derek" dos Animal Collective, "Twilight of the Innocents" dos Ash, "505" dos Arctic Monkeys, "Blood Red Blood" dos Voxtrot, "Linger On" dos Two Gallants, "The Devil's All You Ever Had" dos Alberta Cross, "You're Always Welcome" dos Aerogramme e do meu último delírio, "John Allyn Smith Sails" dos Okkervil River.

Mais há muitas mais. Tenho que ir investigar isto como deve ser.

2007/11/08

It Should Be Me... - 2ª Parte


Esta madrugada, a caminho de casa, pensava em metáforas, correspondências, ligações, transbordos, mas sempre a deixá-los andar à minha frente. Desta forma poderia fotografá-los, poderia vê-los antecipadamente.

Até que a viatura se aproximou do mar.

O mar fixava-me, seguia-me e sussurrava aos meus ouvidos: "hey, eu sou o mar. O teu mar."

Ligeiramente afastado do mar, o seu cheiro continuava fortemente presente.

Quem me dera começasse a chover naquele momento... para voltar a provar e reter o sabor das gotas de chuva.

It Should Be Me... vs We Slow Hands



Cantada, gritada, explodida, retirada, pensada, choramingada e outras coisas acabadas em "ada", em voz alta. TOO LOUD!

2007/11/07

2007/11/05

A Ondulação dos Cortinados



É de certa forma estranho quando se sente algo a agarrar a nossa cabeça. É igualmente estranho quando se sente uma mão que sorri tocar os dedos dos pés. É realmente estranho quando te levantas e em frente ao espelho observas as sombras que te fixam surpreendidas.

Não vale a pena fingir. Não vale a pena entrar em disfarce.
Não vale a pena mentir. Não vale a pena perder o enlace.

Digo tudo o que existe no meu coração e sigo por uma estreita estrada, porque o mundo, não vale a pena enganar, gosta de viajar no banco da frente.

2007/11/04

Quando a Alma Dói


Nestes errantes dias, nestes falsos destinos que arranjo, nestas duras distâncias a percorrer, pensei em ti. Pensei em ti como se o meu assassinato fosse imprevisível e o improvável acontecesse. Como se construísse um balão para sobrevoar a deliciosa Roscoe pensando na vaidade de tal cidade. Cheguei e parti.

Parti e cheguei. O que me permite concluir que além de tragédia, também sou um desastre. Partiram-me como um desastre animal, um desastre humano. Chegaram-me com uma fuga. Partido, deixei-te descansar. Vivo aconchegado e a sós comigo, já sem reuniões na cave do meu cérebro, mas com um encontro com a televisão e a minha aparelhagem.


Às vezes há palavras que não conseguem sequer começar a descrever a beleza de uma música, quanto mais de uma mente como a minha. "Balloon Maker" dos Midlake, para os mais distraídos. Para os curiosos, seguir este link.

2007/11/03

A Banda É Apenas o Vocalista

Num carro cuja tripulação se resume apenas ao condutor, este senta-se e aguarda. Espera pelos dias que já passaram. Arranca. Conduz calmamente. Acelera pelo Viaduto Duarte Pacheco para entrar a toda a velocidade na rampa da A5, como se esta o levasse num avião até ao 42º Andar de um prédio feito de repuxos.

Live dangerously...?
Live! And Love!


Definitivamente, os Okkervil River não viajam mais no meu carro.

Para a minha própria segurança.

Os Áureos Macaquinhos no Sótão



Ouvir aquele que provavelmente será, para mim, um dos temas do ano de 2007, sabendo eu que esta música que me deixava tão alegre e bem disposto, faz-me conseguir trazer uma carga de verdade nua que estimula o meu cérebro. No princípio desta estação fria, poderia pôr à prova a nudez de algumas outras mentes. Sem vícios aparentes, estou viciado.

"Woah oh
can't you see that people have their troubles
woah oh oh
and yes I think there all about their mom..."

(sigam a letra, se quiserem obviamente)

2007/11/02

A Não Ser Que Haja Sol


Refrescante como assistir a mais um episódio de "Um Amor no Alaska" é imaginar que no Thanksgiving nacional, se é que ele existe, é possível que esteja a chover neste país. Se sim, nada como poder provar novamente o sabor das gotas de chuva que caem e passam brilhantes pelos candeeiros da cidade.

Espírito Roadster Com os Infadels

A minha vida é como o novo anúncio da Mazda: alguém que se apropria de uma música, mas com o devido consentimento do autor. Suponho que os lucros sejam conjuntos na maior parte das vezes. Só espero que não seja mais um em cair em desgraça, já que para mim o mais importante não é o carro, mas sim a música. Sim, esta que foi um dos melhores temas de 2006.

A quem interessar, mais informações sobre os Infadels podem aqui ser obtidas.

2007/11/01

Mar e Bolo


A Hug the DJ alegrou-se por ter ido ao Kraak FM <'+++< e ter sido presenteada de imediato com cheiro a "mar e bolo".

Apesar de estarmos no outono, há árvores que conservam as suas folhas, protegendo-nos assim o corpo e sobretudo a alma, com o sol que ainda brilha, apesar de menos uma hora de luz. O vento revolta o mar, faz-nos ficar em casa mais cedo a comer bolos, mas não atiram para longe a folhagem de algumas árvores com cheiro a natureza verde.

Aqui também há Mar e bolo.
mar e Bolo.
Mar e Bolo. Ou como outrora dizia: I wish, I wish and I wish.

Estação em Eclipse



Curioso como duas músicas de há alguns anos atrás voltam a fazer sentido na minha vida e tocadas de forma conjunta. Antes, apareceram de maneira isolada e em situações distintas, hoje tenho-as em conflito no meu interior. Coisas que escrevi há 2 anos atrás, fora deste contexto, parecem ser reais em 2007.

Como abrir um livro e encontrar apontamentos sobre "the true sense of being in love" e não rejeitar que ninguém compreende tal coisa. Complicado? Palavras difíceis? Palavreado nonsense? Será que são tão inconsequentes como tentar perceber se é a posteridade ou a posterioridade que causa vómitos?

[photo by Kraak/Peixinho @ Flaçà (ES), 8 Set '07]