As Nuvens de Emona
Deixa-me entrar! O inverno persegue-me e não há sombras pelas casas, não há brilho nas esquinas dos prédios. Há um branco pelos telhados e terraços e um cinzento pelo alcatrão das estradas. O branco confunde-se com o céu de nuvens baixas; os galhos das árvores confundem-se com a côr das ruas.
Longe alguém me espera. Eu, de olhos semi-molhados. Lavo a minha cara. Seco a minha face. Com água da neve. Com calor do irradiador. Descongelam as minhas asas. Voltarei novamente a esta Emona, mas acho que não gosto de ter uma casa nas Nuvens.
Longe alguém me espera. Eu, de olhos semi-molhados. Lavo a minha cara. Seco a minha face. Com água da neve. Com calor do irradiador. Descongelam as minhas asas. Voltarei novamente a esta Emona, mas acho que não gosto de ter uma casa nas Nuvens.
2 comentários:
"Longe alguém me espera..."
faz frio, aí onde andas. parece estar um frio de gelo cortante, em algumas palavras, talvez.
Uma casa nas Nuvens... oh... então porque não?
Sempre julguei (queria ver se continuava a acrditar!) as nuvens lugares fofos e misteriosos de algodão doce ou algodão convite a ficar...
:)
seja o que for ou seja como for... a tua escrita aqui parece-me feita de inverno, com a luz esbranquiçada e o vento agridoce do gelo. Parece tudo frio, neste texto pequenino... frio que, nos outros pedaços de linhas escritas deixados antes deste... não adivinharia!
Maria :) !!! És taum querida! :)) Fazia frio, fazia! Mas olha, eu sou um peixinho, naum um passarinho! A minha casa é no mar, naum no ar! ;)
Bjzz em terra
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