2005/12/01

Do you?


Todos os anos, em particular, de há uns anos para cá, o dia 1 de Dezembro está consagrado ao Dia Mundial do HIV/Sida. E todos os anos são novos dias que surgem porque a população infectada e afectada tenta olhar para o mundo com mais serenidade e esperança, embora haja sempre vozes turbulentas que teimam em transtornar esse globo.
    É preciso olhar para a frente com optimismo e sem óculos de sol. Às claras. Observar o novo dia com a sua luz e não como uma madrugada escondida por trás dos olhos e de uns óculos.
      Uma palavra de esperança é todos os anos dirigida às populações infectadas, palavras que possivelmente chegam na prática a um número muito reduzido de pessoas infectadas e afectadas, estando estes ouvintes, na sua maioria, concentrada no dito Mundo Ocidental, pois 67% dos actuais portadores do vírus HIV encontram-se em África. O que fazem as sociedades ocidentais? O que fazem os laboratórios de investigação? Não lhes interessam um maior e melhor mecanismo de distribuição e acesso aos medicamentos? Hipocrisia generalizada.
        Inclusive em Portugal, onde o Ministério da Saúde corta nas despesas com medicamentos, sobretudo nos mais caros, caso da sida ou da oncologia, onde as campanhas de sensibilização não surtiram o efeito desejado e onde continua a existir um aumento na taxa de infecção, onde as relações heterossexuais são responsáveis or 64,2% das infecções (o dobro de 1998), cita hoje o jornal Público.
          Tal como um grande frigorífico, quero ainda conservar alguns valores, como o da solidariedade, impedindo com o gelo que o este sentimento se transforme em estagnação e quero, ao mesmo tempo, também ser como um enorme forno para agasalhar com calor todos os que se sentem sem carinho.
            Eu permaneço com o meu coração e o meu rosto harmonicamente afinados, como duas notas de piano que tocam a mesma canção. Estas palavras que hoje aqui deixo quero que sejam puras, verdadeiras e adultas. Que todos nós possamos ter um coração amadurecido, verdadeiro e autêntico. Sem discriminações.

            8 comentários:

            Unknown disse...

            Pinto Ribeiro :) Obrigado. Eu ainda quero acreditar nalgumas coisas, apesar de já naum ser muito crente como tu. Pelo menos algumas palavras de reconforto posso dar. Um bom dia para ti, Kamarada :)

            Hugzz reconfortantes

            Mocho Falante disse...

            É uma luta que não podemos sair vencidos, é uma luta no sentido de defender a dignidade humana.

            Bem lembrado amigo

            Abraços

            Unknown disse...

            Mocho :) Tens razão! É assim mesmo! Ainda por cima, fui ontem ao cinema ver "O Fiel Jardineiro" onde a trama principal, como deves saber, focava precisamente o aspecto da máfia por trás de todas as experiências com as pessoas de um mundo nada igual "ao nosso". O nosso ainda é pior. Às vezes tenho vontade de gritar.

            Hugzz com dignidade

            Pedro Nobre disse...
            Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
            Pedro Nobre disse...

            Venho retribuir a tua visita, tal como tu dizes, todos juntos para um mundo melhor. Um abraço solidário a todos os que são seropositivos... e nunca devemos esquecer da frase:
            "nunca acontece só aos outros"...

            Pedro Nobre ;)

            Unknown disse...

            Pedro Nobre :) Obrigado pela tua visita. Não temos que agradecer às pessoas como tu que são e mostram-se solidárias com vários assuntos sensíveis espalhados por este mundo hipócrita. Parabéns pelo post!

            Hugzz

            O Puto disse...

            Contra o preconceito! A favor da soma de todas as pequenas contribuições!

            Unknown disse...

            Puto :) Nem mais! Se todos somarmos as pequenas parcelas, teremos uma grande soma final :) Gostei do teu comentário.

            Hugzz somados