Saltar (dentro) das Poças
(continuação deste post)
Mais um alto momento do ano de 2005: a descoberta desta canção no álbum dos Sigur Rós. Outro momento importante foi, numa destas noites, descobrir a letra da mesma em islandês para poder então cantarolar. E esta música acompanhou-me bastante, especialmente nos meus momentos marítimos e de reflexão.
E no seguimento de um outro post, também este inspirado nos Sigur Rós, quero dizer que em jovem, queremos velhos ser e assumir uma série de responsabilidades que nem sempre é suposto te-las nessa idade. Mais tarde, já mais velhos, possivelmente queremos regressar a um passado que já não o podemos ter.
Sim, deixem-nos viver o que podemos agora. A sorrir. A rodopiar. A abraçar as mãos.
E eu hoje encontro-me a ver o mundo feito num 8, mas a continuar de pé. Embebido e completamente encharcado. As botas de borracha que eu não tinha estavam a correr dentro de mim como se quisessem emergir de dentro de uma concha. O vento na minha face, o teu cheiro externo a brotar do teu cabelo... bati tão rápido quanto podia com o meu nariz... a saltar dentro das poças, completamente molhado, embebido e sem botas calçadas... Mesmo com o nariz ferido, a deitar sangue, o importante é arranjar força para, logo de seguida, estar novamente de pé.
Sugiro, para os mais interessados, uma passagem pelo clip desta canção o qual se encontra disponível logo no princípio do side-bar do meu blogue de desdobramento, Kraak FM <'+++<.
Hoje chega a #2 (em audição): Hoppípolla, dos Sigur Rós.
E no seguimento de um outro post, também este inspirado nos Sigur Rós, quero dizer que em jovem, queremos velhos ser e assumir uma série de responsabilidades que nem sempre é suposto te-las nessa idade. Mais tarde, já mais velhos, possivelmente queremos regressar a um passado que já não o podemos ter.
Sim, deixem-nos viver o que podemos agora. A sorrir. A rodopiar. A abraçar as mãos.
E eu hoje encontro-me a ver o mundo feito num 8, mas a continuar de pé. Embebido e completamente encharcado. As botas de borracha que eu não tinha estavam a correr dentro de mim como se quisessem emergir de dentro de uma concha. O vento na minha face, o teu cheiro externo a brotar do teu cabelo... bati tão rápido quanto podia com o meu nariz... a saltar dentro das poças, completamente molhado, embebido e sem botas calçadas... Mesmo com o nariz ferido, a deitar sangue, o importante é arranjar força para, logo de seguida, estar novamente de pé.
Sugiro, para os mais interessados, uma passagem pelo clip desta canção o qual se encontra disponível logo no princípio do side-bar do meu blogue de desdobramento, Kraak FM <'+++<.
Hoje chega a #2 (em audição): Hoppípolla, dos Sigur Rós.
"Hoppípolla
I engum stígvélum
Allur rennvotur (rennblautur)
I engum stígvélum
Og ég fæ blóðnasir
En ég stend alltaf upp
(hopelandish)
Og ég fæ blóðnasir
En ég stend alltaf upp
(hopelandish)"
(continua)
Kraakinho escreveu sobre o Concerto dos Sigur Rós (Coliseu de Lisboa, 20 Nov '05) aqui.
12 comentários:
Muito, muito bonito...:)
Que 2006 seja preenchido por momentos de pura infância que só um espiríto responsável pode aproveitar...:D
Abraços grandes!
De facto, os Sigor Rós têm este poder... De nos envolver com um som meloso que avança, em espirais, e nos eleva até ao caos... Sonoro... E caimos vertiginosamente neste abismo... O canto da sereia que nos arrasta para o alto mar, dos sentidos.
Randomsailor :) ENAAA! Há quanto tempo naum andavas por aqui... e que belo comentário (as usual) aqui deixaste. Pois, que 2006 seja pleno (como o leite, LOL) de responsabilidades e espíritos infantis, mesmo que o Kan Reza queira aparecer por Samarcanda :) Sem o Público.
Hugzzõess Enormezzz
Alma om :) Efectivamente, o poder da força do mar parece estar presente nas suas melodias. E essa analogia com o canto da sereia foi muito bom :) Naum tinha pensado em tal. Talvez por este motivo eu fui muitas vezes arrastado até à praia ao som desta melodia :)
Hugzz sonoros
Talvez porque vivemos perto do mar... E sabemos a força que a espuma traz, quando lambe a areia. A atracção pelo canto da sereia, traduz o desejo de ultrapassar os limites... Para além de qualquer oceano.
b.e.i.j.o.
Alma om :) Estar perto, muito perto do limite e antes de lá chegar dar um passo atrás... por ter medo das emoções que se seguem. O que haverá para além do oceano?
Hugzz do Reino do Mar
Mendes Ferreira :) A.d.o.r.o-t.e.
Bjzz copiados
O medo é um inimigo a abater!... Mergulhar nas emoções e nas sensações, que se seguem ao limite, é o melhor risco. Deixar-se seguir em frente, não recuar, porque o oceano surpreende-nos com agradáveis surpresas... E o que vem, depois, é o melhor.
17. ;)
Alma om :) É verdade... sim! Eu acho que muitas vezes estou à beira do limite, mas recuo quando há um leve cheiro a perigo no ar ;) Live dangerously? Já foi mais :)
Hugzz aquáticos
GaZpar :) És o único que votas :) 'Bigado, LOL.
Hugzz de volta ao Reino de Sua Majestade
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