2007/01/31

2007/01/30

Capturing Indie, by Kraak

[PROMO]

A quem possa interessar, Kraak em mais uma Indie Session, "Capturing Indie", dia 2 Fev '07, a partir das 23 hs, no Bar do Bairro, Rua da Rosa nº 255, ao Bairro Alto, em Lisboa.

A música, como objecto de desejo e de clausura. Mais informações no blog de desdobramento, Kraak FM <'+++<.

:)

2007/01/29

Bolsos Forrados


Não, não é Natal. Sente-se algum vazio pelas ruas, sentem-se algumas sombras a ladear as paredes, mas também se sente a quantidade de telefonemas que recebes, dos amigos, dos colegas ou de familiares. O que pensas hoje? Vais forrar os teus bolsos com sonhos? Não. Já não dás para este peditório, além disso não estamos a falar do Ano Novo.

Vais alimentar-te de desejos. Um dia brilhante; uma noite de platina. Libertar a alma porque hoje é o teu dia. Tens este direito.


A Noite? Esta é para sábado onde continuarás a perseguir algo que pensas que se afogou. Nada como submergir ao pé das pessoas que mais queres e sentires que não és um clandestino a naufragar. Isto é para ti, caro Amigo.


Feliz Aniversário Mongalhaum!

2007/01/28

1969


A minha mala estará sempre pronta para um dia ir ter contigo. Quando decidirem, nada me impedirá. Um canto trágico para mim que a cada ano, nesta data, sempre me bate à porta. Tu descansas e dormes de forma pacífica e calma. Não sei qual o tamanho do teu berço. Não sei qual a largura da tua caminha.

Ajuda-me a aprender que há vidas que não recupero. Ajuda-me a poder avistar para lá do oceano.
Ofereço-te flores. Flores garridas num universo gélido. A natureza morta é algo que nos pertence e o nosso encontro levará, certamente, algum tempo. O tempo de uma vida inteira. Da minha, neste caso. Pacificamente.

2007/01/27

As Nuvens de Emona


Deixa-me entrar! O inverno persegue-me e não há sombras pelas casas, não há brilho nas esquinas dos prédios. Há um branco pelos telhados e terraços e um cinzento pelo alcatrão das estradas. O branco confunde-se com o céu de nuvens baixas; os galhos das árvores confundem-se com a côr das ruas.

Longe alguém me espera. Eu, de olhos semi-molhados. Lavo a minha cara. Seco a minha face. Com água da neve. Com calor do irradiador. Descongelam as minhas asas. Voltarei novamente a esta Emona, mas acho que não gosto de ter uma casa nas Nuvens.

2007/01/26

Alenka e as castanhas (novamente)


Sempre este lamento de nunca aqui te encontrar. Aponto para o céu e vejo o castelo da tua cidade. Não percebo a razão pela qual já não vendes aqui castanhas. Não tinhas farda: luvas e cachecol no inverno, óculos de sol na primavera, t-shirt no verão.

Por onde andas, Alenka? Estou farto de andar à tua procura e não encontro nenhuma pista. Isto já cheira a decadência.

2007/01/25

Um Momento


Invento um pequeno comboio, a vapor, diesel ou eléctrico, um comboio que passa pelas esquinas deste lugar, quer seja dia quer seja noite. Neste comboio volto para casa a pensar que ele me transporta para uma nova vida. Uma nova vida feita de pequenos e grandes momentos. Aqui, ali, além, acolá. Nele percorrer as estações do ano, decidir, analisar, conseguir. Permanecer com amor.

Será que a vida é apenas um momento?

2007/01/24

Gornji Trg


Se aqui encontro alguma paz, por mais frio que seja o inverno e por mais dias de sol que perco, não me importo, pois rapidamente a chave do cadeado é usada e volto a ressuscitar para o local onde se encontra o meu coração.

Aqui também sinto as mãos que aquecem e acalmam a minha vida, pois transporto tudo o que me cabe no peito.


Ainda não vivi tudo.

2007/01/22

Hvala Lepa



VRUUM VRUUM! Fui! :) Trá-lá-rá.

2007/01/19

Desmesura

Eis a razão do princípio do meu estado depressivo:


Sendo o café o meu objecto de desejo, prazer e vício, estar mais de uma semana impossibilitado de fazer café em casa estava a tornar-se como se andasse num labirinto e não conseguisse encontrar a saída.

SAÍDA: (PLIM!) Agora tenho um porta-filtros novo! Virgem. A estrear e a possuir.


Acho que tenho uma relação platónica com a minha máquina de café.

2007/01/15

Mutação


Seria bom que num destes dias, pela manhã ao acordar, fosse irradiado pela graça de sofrer uma metamorfose e transformar-me em algo irreal. Pertencer a uma espécie, esta também algo irreal, que ciclicamente passasse por uma mutação.

Assim seria fácil dispôr na maior parte das vezes de um álibi bem forte para poder estar-me nas tintas para algumas coisas.

Tão emocionante como fritar um ovo, tão aéreo como um dragão que não cospe fogo, tão frio como uma parede de tijolos, tão light como uma barra de cereais, tão estruturado como um programa de computador.

Se alguém conhecer o algoritmo, que me indique o Passo #1.

2007/01/12

Coisar o Coiso


Já há muito tempo que a "Palavra" é algo muito importante para mim. Transmito este meu conceito a muita gente e por diversas vezes expressei-o ao longo deste blog. O que é um facto é que as palavras são muitas vezes traiçoeiras e se escritas de determinadas formas, podem levar a mal-entendidos estranhos.

Hoje à noite, vivi de um prego. Não me apetecia comer mais nada. Numa pastelaria aqui ao pé de casa foi onde se deu o repasto. Ao comer, observava a conversa entre a filha da dona da pastelaria (mais à frente mencionada como "Geba") e uma cliente (mais à frente mencionada como "Falsa Beta"). Não que estivesse a controlar a conversa, mas como havia pouca gente por ali, estava entretido com alguma coisa assim, ao longe.

A conversa supostamente seria sobre "tirar a carta (de condução)". Ao que percebi, Geba anda a preparar-se para fazer exame de condução, estuda na faculdade (pelo que depreendi a estudar Biologia), expressa-se muito mal e é feia. Falsa Beta é médica e parece ter 2 filhos. Estavam as duas numa dialéctica interessantíssima sobre "como conduzir um carro", "eu assim, eu assado", "fiz banco e bateram-me", "como estacionar à esquerda", blá-blá-blá, até que a conversa chegou à expressão "coisar o coiso".

- "Coisar o coiso"? pensava eu enquanto mordia uma tira de bacon. "Esta miúda é mesmo geba. Quando era mais nova já era uma canhona, nem parece ser filha dos pais que tem."

"Coisar o coiso" significava, nesse contexto, "baixar o espelho". Falsa Beta riu-se, pagou e andou. Geba de seguida começou a chatear o empregado brasileiro a perguntar porquê diz ele "abaixar" em vez de "baixar". Eu entretanto já estava com vontade de vomitar o prego.

Agora ando eu cá em frente a este coiso a tentar que este post saia uma coisa de jeito, mas ao mesmo tempo a pensar na Mecânica das Palavras. Geba deveria mudar para o curso de Física.

2007/01/10

Arquivo Recuperado: Sem Comentários

Não vou comentar o teor do último post do blog de um Engenheiro que recentemente deixou a CP. Tricas e baldricas, resolvam-nas por outras vias.

15-Um Número Explosivo



Hoje, num daqueles supermercados assim a tender para o rasca, existentes nas bombas de gasolina, comprei 3 latinhas de comida para cão ao preço escandaloso de € 1,90, cada. Ao pagar, o total era de € 5,85. "Curioso", pensei eu. Se o preço é € 1,90 o total nunca poderia terminar com o algarismo 5. Paguei e depois fui verificar o preço que estava marcado. Efectivamente era € 1,90.

Voltei à caixa e informei que haveria qualquer coisa mal registada, relatando a situação. A funcionária chamou a sua Supervisor que foi imediatamente ver o preço marcado. Tudo bem, a razão estava do meu lado.

O insólito deu-se quando por duas vezes consecutivas a Supervisor repetiu para mim com um tom, digamos que de "poucos amigos"
(e eu por outro lado pensava: "mas que modernidade pela Galp... WOW!" É que enquanto abasteci o carro e comprei a comida para o cão, ouvi Antony & The Johnsons e X-Wife, como música ambiente):

- "Então, são 15 cêntimos, não?" Do género, "'tás aqui a chatear-me por € 0,15, ó seu comichoso"? :S.


Eu só gostaria de ter uns óculos de sol para proteger os meus olhos dos dessa mulher. Ela deve ser perita em explosivos.

2007/01/09

Power I what?


Isto está vivo? Ainda mexe? Já fizeram copy do vosso template? A partir de hoje começam as surpresas no Blogger.com durante alguns dias.

Haja estofo.
:Z

2007/01/08

Vi-te mas não te vi


Vi-te algumas vezes, não muitas, mas as suficientes para perceber um pouco da inutilidade de algumas pessoas que nos são apresentadas. Beijinho para lá e para cá, após apresentação. Uma vez mais, beijinho para cá e para lá. Vá lá, houve mais uma vez: beijinho para lá e cá. Há pouco tempo, fingiste que não me viste. Passaste nas minhas barbas pelo menos umas 4 vezes.

Para onde irias? Para o Nada.

Ao princípio ainda pensei em dizer "olá", mas felizmente arrependi-me de imediato em tal pensamento.

De onde virias? Talvez de um Azul muito Escuro, embora o teu sorriso fosse forçado, comprometida que parecias estar.

Não sei porquê, vi-te, mas na realidade não te vi.

Gosto das pessoas que passam por nós e fingem ignorar-nos, sem nenhum motivo aparente.

2007/01/07

Arquivo Recuperado: FER XXI


Cada vez que abro a Revista FER XXI, começo a sentir os meus olhos às voltas... não pela publicação em si, que tem todo o seu valor, mas sim por alguns artigos lá publicados. É que não há mesmo paciência para determinadas coisas que por lá podem ser lidas. Como se os autores dos textos fossem mesmo autores do que estão a escrever.

Em todo caso, na edição de Setembro '06 (número #33), entre alguns artigos interessantes que por lá se encontram, queria destacar o do Sr. Engº Fernando Vendas, com o título "Sistema de Radar de micro-ondas para detecção de obstáculos em passagens de nível automatizadas". Muito interessante, suscinto e descritivo ao mesmo tempo e sem armarices.

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2007/01/04

Arquivo Recuperado: Metro do Porto-Fim da 1ª Parte


Ficou concluída no passado dia 27 Mai '06 a construção da 1ª fase da Rede de Metro Ligeiro do Porto. A ligação ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, de cerca de 1,5 km (entre a estação Verdes e o Aeroporto) permitiu terminar esta primeira fase, contando a Rede de Metro do Porto neste momento com cerca de 70 km de linha em exploração.

Entretanto, e como já houve luz verde para a extensão da rede, a Metro do Porto já encomendou mais 30 composições as quais se prevê sejam entregues em 2008 e que se destinam à a exploração do troço de 12,5 km entre Porto-Campanhã e Gondomar.

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Kraak vs Brac


[continuação deste post]

Cada vez que olho para ti quando te espreguiças pelas tuas mantas, parece que a auto-estrada da vida cada vez mais larga se torna. Fico feliz. As estações sucedem-se pelo teu corpo, mesmo quando te recusas a ficar pela cozinha. Além da estação fria em que estamos, também aquele espaço é algo frio.

Apesar de feliz, sinto-me estranho, como se tivesse de lidar com estes reais fantasmas todas as noites. Todas as manhãs. Mesmo quando estamos na rua a passear, não tenho tempo para apreciar algumas das belezas matinais, não tenho domínio sobre o escuro da noite e o seu silêncio, não tenho oportunidade de ouvir sons que trago nos ouvidos, só penso em encontrar a minha própria respiração quando te puxo pela trela e te recusas a andar.

Sinto-me estranho. Sinto-me feliz, mas estranho. Acho que já sou um estranho para ti. Ou serás tu um estranho para mim?

Amanhã levanto-me cedo.

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Para finalizar esta ronda musical, chega-nos hoje o tema #1 de 2005 em 2006, quase que diria mesmo a música de 2006: "Same Ghost Every Night" dos Wolf Parade, álbum 'Apologies to the Queen Mary', um dos melhores álbuns de 2005.

"Constant blue
And the same ghost every night
It was strange
Constant blue
And the same ghost every night
I go walking
Just to find
My own breath, my own breath through the path
I go walking

We are raised up very high
We are raised up very high
My own breath"

2007/01/03

Arquivo Recuperado: REFER e a Variante de Alcácer


Ao que consta, a REFER vai mesmo avançar com a construção, na Linha do Sul, da chamada "Variante de Alcácer", um investimento que anda à volta dos 150 milhões de euros, com a finalidade de reduzir cerca de 10 minutos na ligação entre Lisboa e Faro, através dos comboios de pendulação activa.

Esquecem-se é que há vários pontos de estrangulamento neste itinerário, bem como existe capacidade esgotada no mesmo, especialmente entre Campolide e Coina.
Se investissem mas é no aumento da capacidade, nomeadamente através da construção de mais desvios-activos na Linha do Sul, seria bem mais económico e perspectivava uma melhor operação.

O que são 10 minutos, quando na realidade o seu resultado prático será bem inferior a 10 minutos?

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2007/01/02

Caça (da) grossa


[continuação deste post]

Agora que já estamos em 2007, dão-me licença para pôr uma questão?

Será que ainda há algo mais que nos possa fazer medo? BRRR! O outro tipo, ordinário é certo, foi capturado e no último dia do ano passado foi o espectáculo que foi: em directo, via web, para quem quisesse ver e imaginar que aquelas imagens iriam salvar o ano que se findava.


A questão é que o perigo continua à espreita, à luz do dia e na calada da noite e há coisas que não conseguimos controlar. A raça humana continua a descer a um nível muito baixo e não sei onde iremos parar.

Não haverá outras formas para morrermos? O que me preocupa não é a morte do Saddam, mas sim daqueles inocentes, de sangue novo, que perderam a vida para que algumas pessoas assistissem em apoteose à morte da besta.

Cheira a marisia.

Hoje chega-nos o tema #2, de 2005 em 2006: "Upon This Tidal Wave of Young Blood", do excelente álbum début e homónimo dos Clap Your Hands Say Yeah.

"we are men who stay alive
who send your children away now
we are calling from a tower
expressing what must be
everyone's opinion
"they are going out to bars
and they are getting into cars
i have seen them with my own eyes."
'america please help them!'

they are child stars..."

2007/01/01

Em qualquer altura...


... e no rescaldo de 2006 e de todas as passagens de ano por este Mundo, faltará aqui referenciar o que de melhor de 2005 apareceu cá por esta casa em 2006.

Recordar é viver; relembrar coisas positivas é bom; sacar da memória factos que não desapareceram é excelente. Por isso, escalemos até à lua com a ajuda do movimento e a rota das palavras, porque qualquer altura é boa para relembrarmos de temas e estórias, nem que seja para aprendermos a expressar-nos por nós próprios!


Um Feliz 2007! Qualquer altura do ano é boa para expressar votos de Felicidades... e Reflexões!

Para hoje, o 3º melhor tema de 2005 ouvido em 2006: "Anytime" dos My Morning Jacket, álbum 'Z', um dos melhores de 2005.


"Is This "Climbing Up To The Moon?"
Or Is It Fadin Out Too Soon??
I Know We Didn't,
I Know We Didn't Wait Too Long -
Cause
Anytime's A Good Time To Move On.


Things I Could Say To Myself -
I Could Never Say To Anyone Else.

But What Madonna Said Really Helped -

She Said: "Boy - You Better Learn To Express Yourself!"