2008/07/02

23 Minutos


As viagens de comboio permitem-me sentir a natureza de várias formas distintas: ver as gravatas dos homens, ver as revistas que algumas mulheres folheam, ver os pássaros a voarem misturados com os alucinados anúncios que povoam os caminhos à beira da linha ou mesmo imaginar esquilos saltitantes entre os assentos das carruagens.

Acima de tudo, permitem-me sentir um estrondoso desejo de água, subir à piscina, descer até à praia, como se eu um dia voltasse a me descalçar nos arredores do meu interior. Sensibilidade de rara possibilidade.

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