Peixes e Cavaleiros
Divagas... longe, pelo teu mundo, por uma terra por mim (ainda) desconhecida na globalidade, o que me faz, parcialmente, andar à deriva pelo meu mar, este meu conhecido, embora também de uma forma limitada. Por fim, com algumas formas irregulares, encontras-te devagarinho, emerges das raízes da terra como se da força de um arbusto se tratasse e eu começo a voltar a navegar pelos rios nas suas cores mais diversas, fruto dos sedimentos acumulados ao longo dos seus leitos. Recuperas assim o teu leito na praia onde o teu corpo repousa como uma criança.
Não quero estar calado para ouvir as pegadas do teu resurgimento. Quero é tremer com esta alegria de palavras demoradas, sílaba por sílaba, ditongo por ditongo, frase por frase. Como um poema que me acompanha. A palavra não pode morrer. Este é o nosso alimento.
Eu tenho um nome e algumas alcunhas. Tu tens vários nomes por mim criados. Não sou nenhum artista nem quero distorcer o mundo com o que escrevo, quer seja verdade ou ficção. Não sou nenhum filho zorro produto deste mundo católico que age como uma verdadeira empresa de aparências. Kraak, para os mais chegados: filho do silêncio, herdeiro de uma infância curta, um gajo por vezes cruel e frio a viajar pelas rochas negras submersas. Peixinho, para os mais sonhadores, aquele que dança pelo avesso, que busca a candura de um verão adolescente e que não quer perder a vida pela perfeição do mundo, mas que sai de balde e esfregona para lavar as ruas das cidades por onde passa.
Kraak ou Peixinho: sempre com a palavra presente. A saltar de uma prancha e a mergulhar no mar do dia, sendo obrigado a regressar ao seu habitat natural, nem que seja para respirar.
[ inspirado nas palavras de Sophia de Mello Breyner, que apesar de já não existir em terra, obriga-me, durante a noite a regressar ao mar na sua companhia. ]
Não quero estar calado para ouvir as pegadas do teu resurgimento. Quero é tremer com esta alegria de palavras demoradas, sílaba por sílaba, ditongo por ditongo, frase por frase. Como um poema que me acompanha. A palavra não pode morrer. Este é o nosso alimento.
Eu tenho um nome e algumas alcunhas. Tu tens vários nomes por mim criados. Não sou nenhum artista nem quero distorcer o mundo com o que escrevo, quer seja verdade ou ficção. Não sou nenhum filho zorro produto deste mundo católico que age como uma verdadeira empresa de aparências. Kraak, para os mais chegados: filho do silêncio, herdeiro de uma infância curta, um gajo por vezes cruel e frio a viajar pelas rochas negras submersas. Peixinho, para os mais sonhadores, aquele que dança pelo avesso, que busca a candura de um verão adolescente e que não quer perder a vida pela perfeição do mundo, mas que sai de balde e esfregona para lavar as ruas das cidades por onde passa.
Kraak ou Peixinho: sempre com a palavra presente. A saltar de uma prancha e a mergulhar no mar do dia, sendo obrigado a regressar ao seu habitat natural, nem que seja para respirar.
[ inspirado nas palavras de Sophia de Mello Breyner, que apesar de já não existir em terra, obriga-me, durante a noite a regressar ao mar na sua companhia. ]
9 comentários:
A nossa vida é feita de sonho e de realidade.
Vivámo-la como nos der mais jeito... se nos deixarem fazê-lo!
Que bonito! Tudo. Gostei muito. Obrigada pela passagem e comment no meu.
Jinhos.
Ai! Lá estou eu novamente nestas andanças. Vou começar a cobrar estas viagens pelo mar :)
beijo grande
Mfc :) É verdade o que afirmas. Só que muitas vezes, somos forçados a viver a realidade... e os sonhos... ficam só para durante a noite.
E também quando é possível!
Às vezes há sonhos mentais que naum devem passar à realidade! Isto também é uma grande verdade!
Hugzz com vida
Jj :) Para alguém que tem a sensibilidade que descreves no teu blog, tinhas que gostar :) Obrigado pelo back!
Bjzz bonitos
Sea :) Tu naum percebes que estás sempre nos meus posts?
:)
Bjzz sem factura
A rasar o céu :) Obrigado, minha querida amiga.
Se bem te conheço, aquilo no Piano deve ter mexido um pouco contigo. De qualquer forma, a melhor maneira de encarar tais comentários, é "brincar", como fizeste :)
Bjzz verdadeiros
E nao foi inspirado também no concerto dos Muse? ;)
Gostei!
GaZpar :) Também! Knights of Cydonia rules! Muito perspicaz este meu primo... :P
Ainda bem que gostaste, hehe! :D
Hugzz amusados
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