2006/09/24

Paixaum >+++'> Espontâneo


Sábado. Noite. Uma estrada que atravessa várias florestas, que cruza alguns campos e que ultrapassa alguns animais. Ela que se encontra com faróis de outros automóveis que iluminam o meu cérebro. Segredos de uma estrada que conserva sangue, acidentes, animais mortos, desejos de homens e mulheres e uma infinidade de curiosidades ao longo de muitos e muitos anos.

Na realidade foi uma viagem tranquila. Nada que se pareça com 'Lost Highway' no universo David Lynch. Eu é que ao longo da rota, imaginava os diálogos e a narrativa que aquela estrada regional poderia ter para contar.

Tudo isto para chegar ao impacto final da poesia, da música e das artes na
Associação Espontânea, uma Associação Cultural e Recreativa do meu amigo Puto a qual tem uma programação bastante interessante bem como um pessoal bastante voluntarioso e simpático.

Se passarem por Vila Real, saltem até ao Palacete de São Pedro, no Largo dos Bombeiros Voluntários. Vale bem a pena! Nem que seja apenas para tomar um copo ao som da excelente música presente na valise do Puto.

Kraakinho de volta. Viva a Rentrée!

[ photo by Kraak/Peixinho @ Vila Real, 23 Set '06 ]

2006/09/11

Paixaum >+++'> Under The Sea


O Paixaum >+++'> encontra-se encerrado para Férias. O seu dono regressa entretanto a 21.09 para uma Sessão ToKIL-Towards Kraak Indie Lines, em pleno Bairro Alto, mais concretamente, no Bar Agito, Rua da Rosa 261. A partir das 22h00 e até às 2h00, para quem quiser.

Até breve!

2006/09/07

O Interior do Colchão (sem guita)


Se algumas vezes, por me encontrar esparramado no colchão, quero dali fugir, é porque acho que não mereço tal descanso, é porque, em antítese, começo a caminhar por uma auto-estrada sem fim onde a minha respiração deixa de ter ritmo, é porque penso em árvores já secas com galhos mortos, é porque tenho que me sentir vivo com o meu coração em fogo.

Se sou filho do meu próprio pai, até poderia ser filho de um drogado e de uma puta, não importa. No meio dos extremos quero ainda ter voz para anunciar o que se adquire e ter a transparência de saber que cedo me tornei tardio.
A vantagem é pensar que se sabe (quase que) a priori que a realidade não muda: ela continua a ser a mesma. Vejo-a é de uma maneira distinta.

Com certeza que o colchão não serve apenas para dormir.

2006/09/05

O Meu Não Se Gasta


Como uma daquelas linhas directas, uma síntese clara e rápida feita por esta menina: "É para ti. Não te ofereci nada no teu aniversário."

Há muita gente que se cruza, gente esta vinda de vários mundos, com várias roupas diferentes e com culturas diversas. Mas o que importa é que o recitador entoa a veêmencia nua da palavra. [Adaptado de "Tripoli 76" in "O Nome das Coisas" de Andresen, Sophia de Mello Breyner]

Obrigado pelo presente. Espero nunca vir a deixar de falar por palavras e por gestos. (pág. #23, linha #5)

2006/09/03

O Tapete


Mesmo com cores vibrantes ou sem qualquer colorido em especial, é difícil que algum tapete cá em casa não fique descaracterizado. Perícia e largas à imaginação não faltam ao meu cão Brac. Qual esquadria, qual pintura, qual tecido, qual efeito... Os efeitos, consegue ele criar com as pinceladas especiais que marcam a superfície do tapete... uma harmonia de cheiros e cores fantástica! Há várias tonalidades: umas mais escuras, outras mais claras e algumas outras mais personalizadas.

A palavra 'tapete' é curiosa. Há quem ponha os pés em cima do tapete, há quem durma no tapete (huh! isto é o que mais há, LOL), há quem coma no tapete e há quem tenha fetiches por tapetes. É o caso do Brac.


Diz-me onde estou, mesmo quando estou a dormir.