tag:blogger.com,1999:blog-10896410.post1539207892498152370..comments2023-10-15T16:23:31.928+01:00Comments on ¶¶ pleasure SONGS: Provavelmente Vai Servir Para Alguma Coisa...Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12329233505233123467noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-10896410.post-73045895667010885462007-10-07T14:08:00.000+01:002007-10-07T14:08:00.000+01:00Strange Quark :) Claro que sim! Ainda bem que exis...Strange Quark :) Claro que sim! Ainda bem que existem tais Comissões Científicas e muito sinceramente quero acreditar que elas funcionam, em certa medida. A questão prende-se precisamente com o facto de muitas pessoas se sentirem lesadas pq naum vêem o seu projecto aprovado para receber uma bolsita ou outra coisa do género.<BR/><BR/>Acredito na liberdade da investigação, mas quero acreditar ainda mais na supremacia do bom senso, em determinados aspectos. Sempre tive um espírito muito prático e hoje em dia acho que seria necessário um maior casamento entre indústria e meio académico. <BR/><BR/>Já vi coisas aberrantes na minha área e ainda continuo a ver. Já vi colegas que há 20 anos andam a investigar coisas que outros já resolveram em menos de 5. Já vi teses absurdas sobre as vantagens de ir a Paris passando por Tóquio e mais naum é preciso dizer.<BR/><BR/>Pelo menos é como sinto na minha área científica que está preparada para naum embarcar em direcções onde à partida já se sabe que naum se encontrará nada admissível.<BR/><BR/>Sendo o "Progresso do Conhecimento" um dos vectores mais importantes, diz-me sinceramente qual o interesse, tal como no <I>post</I> anterior, de alguns dos estudos efectuados?<BR/><BR/>Hugzz CientíficosAnonymoushttps://www.blogger.com/profile/12329233505233123467noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10896410.post-20077496962943063212007-10-06T20:08:00.000+01:002007-10-06T20:08:00.000+01:00Kraak,O post acima sobre os Ig Nobel é que me cham...Kraak,<BR/><BR/>O post acima sobre os Ig Nobel é que me chamou para este. Ainda que perceba o que pretendes afirmar não posso concordar contigo, pelo menos na forma como o escreves. Estou no meio académico, como também em tempos estive na indústria, por isso estou à vontade para falar de uma certa maneira. É certo que há trabalho desenvolvido cuja utilidade é questionável, mas para isso servem os paineis de avaliação e garanto que (muito) poucas actividades há que sejam tão profusamente avaliadas como a investigação científica. Podemos questionar a validade dessas avaliações, mas se estivermos a falar a nível internacional (e eu falo disso), ainda que não hajam sistemas perfeitos este é, ainda assim, de qualidade. Claro que há sempre erros, omissões e milhentas outras críticas que podemos apontar, mas não vale a pena perdermo-nos nesses detalhes. O essencial que pretendo deefender é que a actividade de investigação não pode ser tolhida de falta de liberdade, e isso pode levar-nos a num dado momento não compreendermos o alcance de determinadas propostas. Isso chega a acontecer com especialistas, quanto mais com a precepção que a própria sociedade faz do trabalho de investigação. Alguns exemplos: que utilidade parecerá terem tido as experiências de Faraday com electricidade na sociedade inglesa do sec. XIX? ou o próprio trabalho de síntese de Maxwell? e a lei de Gravitação de Newton no séc. XVII, senão uma mera curiosidade do intelecto humano, numa tentativa de compreender o Mundo? e o tipo que um dia a escavar canais em Londres no séc. XVIII decidiu estudar os pequenos fósseis que estavam nos estratos? Sem esta curiosidade, hoje não estaríamos a comunicar, não teríamos enviado ninguém à Lua ou sondas a Marte, não produziríamos cartas geotécnicas (fundamentais para a construção) ou desvendaríamos os climas do passado, tão necessários para (tentar) compreender o do futuro. O que hoje é sensível na sociedade é a questão do financiamento, e eu próprio não tenho grande problema em afirmar que há muita ciência irrelevante (não quero dizer inútil, porque não o é). O sistema científico tal como existe hoje, que depende de financiamentos essencialmente públicos, não se pode colocar numa torre de marfim e dizer que faz o que bem entender, por isso cabe à sociedade definir se a investigação científica deve ou não ser feita e em que moldes, e quem não o aceita simplesmente deve procurar alternativas. O trabalho de investigação tem hoje um papel triplo: a formação do próprio investigador, porque é assim que se estuda realmente e se aprende; a formação avançada de estudantes, já que o ensino livresco não nos conduz a lado nenhum; o progresso do conhecimento. A parte que mais questiono em todo este cenário é precisamente o último, daí o termo irrelevante relativo a muito trabalho realizado. Mas tal como na música não há verdadeira criatividade sem liberdade artística, também não há criatividade na ciência sem liberdade de pensamento.<BR/><BR/>Um abraço :)strange quarkhttps://www.blogger.com/profile/17672312301742173730noreply@blogger.com